Eu sou uma pessoa
meio fechada. Digamos que sou um pouco grosseiro (e não me orgulho nem um pouco
disso), tenho um temperamento difícil e facilmente ofendo pessoas que eu gosto
por ter um sério problema em não medir as palavras. Antigamente, para maquiar
meu defeito, eu costumava dizer que as pessoas não aceitavam ouvir a verdade “na
lata”, com o tempo percebi que eu era quem devia rever meus conceitos.
Minha esposa diz que existem “jeitos de se
falar as coisas” e eu, até hoje só conheço um, o direto. Os amigos dizem que
sou “bruto, grosso e sistemático” e por mais que eu tente não ser, parece uma
característica tatuada em mim. Certa vez ouvi um pastor protestante dizendo que
se você tenta mudar uma característica que você não gosta, as pessoas levam
anos para perceber que você mudou, e com qualquer deslize seu, a resposta vem “você
não muda mesmo hein...” é difícil mudar e mais difícil ainda as pessoas
perceberem sua mudança.
Pelo menos uma coisa
eu aprendi desde cedo, pedir desculpas. Claro que pedir perdão não volta no
tempo, não apaga mágoas ou erros, mas o auto reconhecimento dele é o primeiro
passo para a mudança. A mudança é o caminho mais duro que alguém pode percorrer
e na maioria das vezes, você cruzará a linha de chegada e ninguém estará lá
para ver sua vitória.
Por isso, a mudança é
apenas uma corrida contra você mesmo, sem torcida ou espectadores, é apenas uma
corrida contra o você de ontem, e o pedido de desculpas é o aquecimento dos
músculos para que você não distenda suas fibras em um movimento brusco, e nunca
mais volte a correr.
Muito legal, meu filho. A mudança é assim mesmo. Mas não podemos desistir.
ResponderExcluirMuito legal, meu filho. A mudança é assim mesmo. Mas não podemos desistir.
ResponderExcluirQue ótimo texto!!
ResponderExcluirMuito parecido comigo!
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