domingo, 7 de maio de 2017

A Grande Aposta: Uma Explicação.




A Grande Aposta foi provavelmente o melhor filme que eu vi ano passado. Eu achei o enredo do filme uma coisa extraordinária. Tudo que é real é extraordinário, afinal a arte imita a vida, mesmo que nos dias atuais o cotidiano tende a fazer o contrário, de qualquer jeito o crash de 2008 foi um tema fantástico para o filme. O longa fala disso, do colapso do mercado de títulos hipotecários americanos e dos títulos subprime, que você, se já assistiu o filme, deve ter ouvido muito.

Imagino que muitas pessoas não gostaram do filme, mas o que me chateia às vezes é alguém dizer que “não gosta” de alguma coisa simplesmente porque não entende. Um exemplo disso é minha esposa. Quem me conhece sabe que meu longa favorito é “O Senhor dos Anéis”, eu já assisti os três filmes pelo menos treze vezes cada um (sim, eu gosto mesmo) e eu sempre insistia para minha esposa assistir comigo na época em que namorávamos. A resposta dela era sempre a mesma: Eu não gosto de Senhor dos Anéis. Droga! Como alguém pode não gostar de Senhor dos Anéis? De qualquer forma, ao analisar o fato mais intimamente, percebi que minha esposa (na época, namorada) não entendia o filme. “Não gostar” é a desculpa para tudo aquilo que você não entende. Só para deixar claro que hoje ela entendeu o filme, mas acho que continua não gostando... está perdoada. Esse “não gostar” pode eximir você de apreciar uma grande obra, mesmo que uma obra popular (best sellers, blockbusters, etc...) e de aprender com ela. A Grande Aposta é um desses casos. Por isso, se você já assistiu o filme, e “não gostou” vou convidar você a ler essas linhas e depois assistir de novo, você pode se surpreender.

O começo do filme fala sobre a mudança do sistema bancário americano dos anos 70. O que isso significa? Basicamente, o fim da estabilidade monetária. Juros controlados, inflação baixa, moeda lastreada (em ouro), não enriqueciam ninguém, afinal de contas, juros e variações de risco é que transformam ricos em milionários. Coincidentemente, ou não, essa mudança de gerenciamento de títulos proposto por Lewis Ranieri (Logo no começo do filme) foi contemporânea ao total abandono do padrão ouro em 1971. Está ficando complicado de entender? Beleza, vamos dividir esse parágrafo em duas partes distintas para reorganizar o fluxo de ideias.

Primeiro: O que é padrão-ouro? Basicamente é lastrear sua moeda em um valor fixo de ouro, ou seja, se é um minério finito e explorado em quantidades pouco variáveis, logo a produção de papel moeda é baseada na produção do ouro, estipulando valores fixos para a quantidade do minério, isso é lastrear a moeda em ouro. Quais as consequências disso? Basicamente baixa inflação, pois o banco central não poderia imprimir mais ou menos papel moeda tentando (inutilmente) controlar a economia. O padrão-ouro sempre deixará a taxa de inflação controlada. Quais as desvantagens? Para os investidores, esse padrão não permite grandes alavancagens de consumo e investimento, afinal de contas os juros são sempre previsíveis, os empréstimos controlados e o enriquecimento rápido a partir das transações e títulos é quase impossível, afinal, para alguém ganhar, outro tem que perder, e em uma moeda lastreada, é muito mais difícil ganhar e perder muito.

Segundo: O que fez Lewis Ranieri? Esse cara sabe o que é ir do céu ao inferno em quatro anos. Em 2004 foi considerado um dos maiores inovadores dos últimos 75 anos, e em 2008, foi um dos mais criticados pela “bolha da subprime”, ou seja, a grande crise das hipotecas americanas. Mas o que fez afinal de contas? Para resumir bem, ele foi um dos idealizadores das MBSs, que seria algo como “Seguros lastreados em hipotecas”, que são na verdade uma divisão dos empréstimos de hipoteca feitos por compradores de casa ou para investidores comerciais. Como Assim? Bom, suponhamos que alguém fez um empréstimo hipotecário de $200000,00 para serem pagos em trinta anos a uma taxa de 8%, o banco então fratura essa grana em 200 “tranches” de $1000,00 a um valor de 7% ao ano, em outras palavras, você empresta $1000,00 ao banco para receber 7% ao ano por isso, o banco então junta duzentas pessoas iguais a você e reúne os $200000,00 para emprestar a pessoa que quer financiar a casa via hipoteca. O que isso significa? Significa que você está rendendo seu milzinho a 7% e o banco está ganhando 1% em cima de nada, afinal quem emprestou foi você, e o pobre coitado do comprador está perdendo 8% ao ano. Sentiu o drama? Essa ideia de dividir os títulos hipotecários foi do Ranieri, e a partir dessas divisões, ele podia rearranjar os títulos da forma que dessem mais lucros, afinal, as hipotecas variavam, juros maiores para riscos maiores, juros menores para riscos menores, e daí podia-se construir títulos da forma que se pudesse reorganizá-los com o intuito de ganhar mais dinheiro para os bancos sem modificar as hipotecas.

Voltando, o crash nunca pode ser atribuído a uma coisa só. A criação dessas novas formas de negociação, apesar de causadoras, não fazem uma economia inteira desmoronar sozinha. Perceba que nesse momento muita coisa mudou, advento de novas tecnologias, abandono do padrão-ouro, alavancagem através do fundo de reserva fracionária. O que é fundo de reserva fracionária? Bom, basicamente é criar dinheiro da onde não tem. Nada mais é do que uma prática adotada pelos bancos de emprestar ou investir mais dinheiro do que tem em caixa, contando que as pessoas não retirarão seu dinheiro todo mundo de uma vez só. Essa informação é importante para você entender o final do filme, a correria para vender os títulos e sacar o dinheiro. Logo de início do filme, dá para perceber que o Ranieri mudou a maneira dos bancos investidores verem o mercado de títulos. Existem diversos tipos desses MBSs, um deles é o CDO, que são as “Obrigações de Dívidas Colateralizadas”, as quais são amplamente faladas no filme.

Então, o que são afinal de contas esses CDOs? São parcelas e parcelas de hipotecas dos mais diversos, os de alto risco (empréstimos de imigrantes sem trabalho fixo, prostitutas e pessoas com renda instável) misturados com empréstimos sólidos, esse monte de “tranches” misturado vira um título chamado CDO. Os bancos emprestam dinheiro às pessoas que hipotecam suas casas e você empresta dinheiro ao banco comprando esses títulos. Para resumir: Um indivíduo resolve arrumar um empréstimo bancário para compra de um imóvel, dando sua casa como garantia (Hipoteca) e pagando juros por esse empréstimo (similar ao financiamento habitacional da CAIXA). Então esse banco pega esse empréstimo (e mais milhares de outros) e transforma isso em “tranches”, ou seja, divide isso em parcelas, e dessas diversas parcelas formam os “bonds”, nada mais do que títulos de dívida.

O que são esses títulos: São compromissos de dívidas comprados por banco e investidores, o comprador da casa tem uma dívida com o banco, esse banco transforma essa (e diversas outras) dívida em títulos, esses títulos são vendidos a ouros bancos, que são vendidos a outros, e outros e etc... Quem compra? Os “Investidores”, pessoas desavisadas como eu e você que confiamos em instituições de avaliação de investimentos, como a S&P, Moody’s, etc...

Quem sustenta toda essa alavancagem é o pobre coitado que está tentando comprar a casa. Como fazer esses juros aumentarem? Simples, basta financiar empréstimos para qualquer um, mesmo sem avaliar se a pessoa pode comprar, afinal, o objetivo mesmo é a criação dos títulos que podem ser criados em riscos cada vez maiores (juros altos), porém avaliados como investimentos seguros. Está notando alguma semelhança com o sistema brasileiro de financiamento habitacional (Caixa, Minha casa minha vida, etc)?
Só olhando assim, tem tudo pra dar errado certo? Sim. Por que ninguém percebeu? Bom, a complexidade começa ai. A história dos EUA por mais de 70 anos mantinha o mercado imobiliário “estável”, as pessoas pagavam suas hipotecas e faziam cada vez mais dívidas. Por que essas pessoas hipotecavam cada vez mais e mais? Por que os preços das casas estavam subindo, muito. Então eles financiavam uma casa, vendiam o imóvel a um preço bem maior, e então compravam outro, hipotecando a nova casa, fazendo novas dividas, vendendo casas e comprando novas, alugando antigas, fazendo novos empréstimos. Muito parecido com o Brasil, não? Fazer um financiamento e alugar o imóvel para amortecer a prestação.

O problema era que esses juros de hipoteca eram variáveis, pois as pessoas que estavam comprando cada vez mais e mais, nem sempre podiam honrar suas dívidas, e o risco aumentava. Além disso, as empresas de “Rating” avaliavam esses títulos como investimentos seguros, porque eles misturavam bons pagadores com mau pagadores no mesmo “bond” e para alavancar os lucros, cada vez mais “tranches” ruins eram inseridos em títulos considerados ótimos (AAA). Enquanto os preços dos imóveis continuassem a subir, essa pirâmide funcionaria, mas chegaria um momento que isso ia ruir, porque haveria mais casas alugando ou vendendo, do que gente para morar nelas e também, porque os juros aumentariam mais do que a capacidade das pessoas de pagarem (inadimplência). Isso se chama bolha. Para piorar ainda mais o problema, existiam os mercados derivativos, ou a tal das CDOs sintéticas. O que são elas? São títulos paralelos. Eram o título dos títulos. Se o CDO primário era o conjunto de parcelas hipotecárias, o CDO sintético era o conjunto de CDOs. Isso alavancava ainda mais o mercado.

Quem apostava que o mercado ia subir (Operar comprado), ou seja, com o aumento dos preços das casas, comprava mais CDO, apostando que as pessoas comprariam mais casas, fariam mais empréstimos e honrariam suas dívidas. Quem apostava que o mercado ia ruir (Operar vendido), comprava as CDS, que nada mais eram que seguros em casos de inadimplência hipotecária (algo altamente pouco provável aos olhos dos bancos, das instituições financeiras e da população), por isso o “prêmio” das CDSs eram muito maiores.

Para resumir tudo para você entender o filme de uma vez por todas. Existia o mercado de títulos CDOs, lastreados nas hipotecas, e o mercado de títulos segurados contra inadimplência dos pagamentos. Se as pessoas deixassem de pagar suas hipotecas, ou se ocorresse um estouro da bolha imobiliária, os portadores de CDSs ganhavam dinheiro, caso contrário, eles continuariam a pagar os honorários ao banco (igual um seguro de carro que você paga mensal, mas se der PT, você “ganha” o valor do carro, que é muito maior que o seguro). Quem tem CDOs, ganha com o contínuo crescimento dos empréstimos e das dívidas honradas da população.

Eu gostei tanto do filme, que para entender melhor, fiz uns desenhos rudimentares no power point para tentar visualizar melhor o emaranhado que foi essa crise das “subprimes”. Aí está meu “Fluxograma”, então, depois disso, coloque a pipoca no micro (Ou faça na panela mesmo, é mais gostoso) e tente ver o filme de novo, caso você não tenha visto, essas informações não serão Spoiler para você. AAAHHH, eu quase ia me esquecendo, tente fazer um paralelo com o mercado brasileiro, Minha casa minha vida, LCIs, mercado de opções, e etc. Creio que muitos apenas vão dizer “Ah, mas lá é diferente”, é...? Pode ser... Mas gosto muito da passagem da Bíblia em Eclesiastes que diz “... não há nada novo debaixo do sol.”
Boa sessão. OBS.: No NETFLIX você encontra o filme.




segunda-feira, 1 de maio de 2017

Síndrome de Robin Hood

           





           Robin Hood é uma figura que muitos acreditam ter realmente existido. Diversas são as versões de suas façanhas, porém a mensagem central é a mesma, um herói que rouba dos ricos para dar aos pobres, se tornando um nobre por isso. Esse comportamento é tão admirável que creio que Robin Hood deixou de ser apenas um personagem com uma história marcante, para se tornar um arquétipo de anti-herói. Lindo, não? Seria, se não passasse de uma história linear onde só existem duas correntes, justiça e injustiça. Esse preto no branco que só é totalmente palpável em romances.
Recentemente minha esposa e minha irmã foram sequestradas, extorquidas, feitas reféns e ainda sofreram assalto em casa de meus pais. Não quero entrar em detalhes do ocorrido, mas posso dizer que é uma coisa terrível, uma sensação de impotência, raiva e descrédito na sociedade. A gente tenta dar continuidade à vida, mas a coisa perde o sabor. Graças ao bom Deus, elas saíram ilesas da situação, porém um dos homens fugiu (e o outro é menor e logo estará de volta às ruas, espero eu que mude seus caminhos, sem demagogia), e isso nos causou muita insegurança, pois o tal homem não foi identificado pela polícia.
                Tentaram localizá-lo na suposta comunidade que ele morava, mas ninguém nunca delataria, ele simplesmente fugiu, sumiu, desapareceu. Aí que entra a tal síndrome do Robin Hood, pois as pessoas acreditam que não aconteceu nada demais, afinal os homens eram pobres e mereciam ter as mesmas coisas que os “ricos”. A ironia entra quando se confronta a realidade da minha vida e da minha esposa. Temos um Uno duas portas sem ar nem direção, sério! Ela não trabalha, pois precisou largar o emprego para cuidar do nosso filho que teve um problema de saúde. Moro com minha sogra, e por melhor que ela seja, droga eu moro com minha sogra, só com essa frase eu não precisava dizer mais nada, mesmo que ela fosse a madre Teresa (e ela não é), aposto que a frase que ela mais usaria comigo seria: “A dor tem a capacidade de aproximar às almas de Deus”. Cacetada! Esse Robin Hood deve estar variando das ideias. Ele possuía um Nike oito molas zerado e uma camisa do Bayern de Munique oficial. Bicho, eu uso o mesmo tênis desde a faculdade, a única roupa importada que eu tenho, é uma camisa do Star Wars que comprei no Wallmart nos EUA quando tive a oportunidade de trabalhar lá e me custou 7 dólares e noventa e nove cents (na época o dólar ainda estava abaixo dos três reais)! Mas mesmo assim para a comunidade, eles se tornam Robin Hoods.
                Estudei quase toda a vida em colégios públicos, minha mãe foi obrigada a me matricular em um colégio particular na sétima série por eu estar sofrendo ameaças na escola. Era coisa a toa, mas o tal garoto que me ameaçava queria que eu fizesse todas as lições dele, as provas e os trabalhos (inclusive os da dependência do ano anterior) e se não fizesse eu ia ganhar uns belos tabefes. Ele era primo dos caras mais perigosos da escola e da favela próxima, e por isso um dos mais populares da minha idade. Escondi enquanto pude a situação dos meus pais, mas um dia o tal Robin Hood ligou para minha casa e falou com minha mãe a respeito da coisa, exigindo os deveres dele. Era fim de semana e eu queria brincar e por isso resolvi tirar “folga” das minhas atribuições extras, ele não achou a menor graça e tratou logo de cobrar à minha mãe os deveres dele. Acabou que tive que mudar de escola.
                Essa época era engraçada. Na escola pública você encontra de tudo. Pequenos marginais, pessoas com dinheiro, mas que os pais já desistiram de pagar colégio, gente esforçada, gente realmente inteligente... E essa mistura em geral trás um ambiente altamente segregado. Os poderosos, em geral, são os que são conhecidos do pessoal do tráfico de drogas. Seria o equivalente aos esportistas nos filmes high school de sessão da tarde. Esses caras eram admirados, de verdade. É quem acha que o certo é roubar os playboys que estudam nos colégios particulares, afinal eles são ricos, todo mundo tem que ser igual, por que alguns podem ter e outros não?
                Essa é a merda da mentalidade que se forma desde a escola. Se você tem e eu não, vou tirar de você porque não é justo. Antes sua mãe chorando que a minha. Passei isso diversas vezes. Desde lanches roubados até material escolar, uma hora você acaba passando para o outro lado, começa achar injusto os caras que tem mais que você também, começa a se tornar popular, ser admirado, logo você se tornou aquilo que mais odiou. Essa é a maldita síndrome de Robin Hood invertida, vou tirar dos ricos para dar para mim. Começa a achar que a sociedade te deve alguma coisa, um vitimismo que só é usado para justificar seus atos, adora ser visto como uma vítima, porém odeia ser vítima, não tolera ser subjugado, não, não, isso é para os fracos. Esses Robin Hoods acreditam que são vítimas eternas das sociedades, não tiveram oportunidades, são produtos do meio, tudo isso para justificar o ato de tirar de alguém e dar para outro (mesmo que seja ele mesmo), afinal alguns merecem (eu e meus amigos) outros não.
                Se engana quem acha que isso só acontece na escola pública. Isso é em todo lugar, essa mentalidade de merda, essa legião da má vontade brasileira. Chefes que beneficiam seus “camaradas”, projetos culturais apoiados pelo governo, bolsa isso e aquilo só para quem é “da galera”, benefícios diversos para o “grupo de amigos”. Afinal de contas, “Aos amigos favores, aos inimigos a lei”.  Essa coisa invertida me deixa louco. Vale tudo para se conseguir o que deseja. Olha os governos aí que não deixam mentir. Lula disse que Dilma “pedalou” para dar o bolsa família, olha, temos uma Robana Hood. Sinceramente eu torço para que as pessoas olhem seus caminhos tortuosos e os consertem, porque tão pouco matar adiantaria alguma coisa, mortos não convertidos se tornam mártires (já dizia George Orwell), Robin Hoods executados pela polícia logo viram heróis e só servem de inspiração aos aspirantes (vide o que está acontecendo no Brasil).
A verdade é que essa mentalidade retrógrada, marginalizada e enraizada de Robin Hood só serve para justificar qualquer ato, em nome de uma dificuldade passada vale tudo. É fácil você explicar porque um pobre roubou ou matou, mas é difícil explicar os milhares e milhares de pobres que seguiram os caminhos da justiça e da legalidade. Juro, isso tem que acabar, não será justificando atos que se mudará um pensamento, uma mentalidade, o que muda o ser humano é a compreensão, compreensão do seu derredor, do seu mundo. Mudaram as escolas, as matérias para a realidade dos que entram, mudando o ensino pela pessoa, quando na verdade a pessoa devia ser mudada pelo ensino. Se um cão caga sua sala, você não deve tornar a sala seu lugar de evacuação para dizer aos quatro ventos que tem um cão educado à cagar na sala, e sim discipliná-lo até que ele aprenda a cagar no quintal, ora bolas. O erro do nosso país foi ensinar o moral invertido da história de Robin Hood, criando uma síndrome incurável da vítimas opressoras que acham que tudo se justifica para que não precisem mudar e refazer seus caminhos. É como querer mudar toda matemática para provar um teorema, ou toda física para provar uma teoria.

                Enquanto não se entender que o ser humano precisa encarar seus demônios internos, mudar seus caminhos, aprender com seus erros e acima de tudo, ser admirado por fazer um caminho correto, recompensado por fazer o certo, nunca o Brasil deixará de ser um celeiro de Robin Hoods.